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Autoconhecimento e um parto satisfatório


Olá, leitoras poderosas! Como em todos os movimentos da vida, o autoconhecimento é essencial tanto para evitar equívocos quanto para potencializar aprendizados.


Neste sentido podemos refletir como o conhecer a si mesma pode ser um caminho importante na experiência mais intensa e reveladora da vida de uma mulher, a maternidade. Sim, a maternidade mostra a cada mulher suas limitações e sua força para superá-las como nenhuma outra função é capaz de fazer. E o parto é uma oportunidade crucial nesse caminho de autoconhecimento havendo uma possibilidade direta de melhora na vivência sagrada do nascimento a partir do conhecer a si mesma em todos os aspectos que isso envolve.


Vamos começar essa reflexão pelo corpo?


Esse é o veículo da vida e a forma pela qual ela se manifesta com toda sua complexidade e grandeza. Ao se dedicar no conhecimento do próprio corpo a mulher se sente capaz de operar melhor, ou seja de usar esse veículo com mais consciência. Nesse sentido o autocontrole e a autoobservação são aliados de qualquer método investido.


Estudar e investigar a fisiologia, os hormônios envolvidos e como o controle muscular pode gerar na mulher um poder inigualável faz dela realmente a protagonista de sua história. Mais do que estudar o funcionamento do corpo e o que fazer para auxiliá-lo a mulher pode conhecer também suas emoções e sentimentos, memórias e sua própria história de nascimento para compreender que reflexo isso tem na manifestação física.


Por exemplo, memórias de dor, traumas e padrões de comportamento estabelecidos antes mesmo do nosso nascimento estão constantemente influenciando nossas ações no presente de forma que curar essas feridas e trabalhar essas emoções é essencial para uma experiência mais consciente e livre de interferências no processo de nascimento e renascimento que você vive com seu bebê no parto.


Esse é um evento sagrado, de grande importância que reflete na forma como agimos e que nos relacionamos pois a maneira que chegarmos ao mundo e como fomos recebidos fica gravada em nossas células como memórias. Elas podem vir à tona de forma inconsciente ao lidarmos com os desafios do cotidiano influenciando o que sentimos e na forma como percebemos a vida.


A mãe é esse templo sagrado que prepara nosso corpo durante a gestação e grava em nossas células suas próprias memórias quando ainda estamos dentro de seu útero. O parto é o portal do templo que nos oferece passagem criando nossa primeira vivência terrena ao experimentarmos todas as sensações do corpo em contato com o ar, o calor da mãe, os sons do ambiente e das pessoas ao seu redor e a luz intensa que a envolveu pela primeira vez tão diferente do ambiente escuro e aquoso em que seu corpo estava imerso.


A forma como a vida terrena começa é tão importante quanto todas as outras fases, tendo influência maior na formação da personalidade aquelas vivências adquiridas no primeiro triênio da infância e no primeiro setenio em continuação. Mas muitas vezes nossa recepção ao mundo é uma das vivências mais violentas e frias de nossas vidas sendo que estamos ainda tão abertos, sensíveis e desprotegidos.


Curar então as memórias negativas e traumas intrauterina e de nascimento podem auxiliar a mãe que renasce no parto a transcender a si mesma através de uma experiência consciente de dar a luz. O amor começa antes mesmo desses dois seres se conhecerem fisicamente, talvez antes mesmo da concepção do bebê. Ainda não sabemos explicar a forte ligação que as mães tem com os filhos sendo capazes de pressenti-los e de intuir seus sentimentos mesmo à distância. Mas talvez essa ligação seja feita antes da experiência terrena do nascimento e por isso a compreensão científica dos fatos não seja suficiente para alcançar pela lógica o que se expressa em campos mais profundos de nossa existência.

Assim também podemos considerar o parto uma vivência espiritual, não apenas física.

A preparação da mente não pode ser excluída desse evento em função de seu poder de influenciar tudo o que vivemos. O padrão de crenças que carregamos sobre o nascimento precisa ser transformado para que atravessemos esse portal livres e desimpedidas. A percepção das sensações despertadas no corpo pelos processos do trabalho de parto podem ser vividas e compreendidas com consciência a partir de uma preparação através de conhecimento do funcionamento da mente em trabalho simultâneo com o que trazemos para esse momento como emoções.


Estar inteira, íntegra, é absolutamente importante para conseguir atravessar o portal sem medo, sem amarras, sem inseguranças e sem vacilação. Uma mente quieta, concentrada e focada, está pronta para se entregar a essa vivência transformadora que acontece no aqui e agora, tempo real. Por isso treinar e disciplinar a mente é um trabalho a ser feito nessa preparação. Exercícios de meditação e visualização podem ser muito úteis nesse treino da mente. Assim como a alimentação que influência em todos os processos que o corpo transforma em energia é fundamental nessa preparação, o que entra em nós através da pele, dos olhos, dos ouvidos, e do nariz é tão importante quanto o que comemos e falamos.

Somos seres simples e ao mesmo tempo complexos. Estudar a simplicidade da vida e sua manifestação é o convite que te faço hoje para melhorar a compreensão de como podemos ser senhoras de si e de nossa história dando continuidade à vida com mais consciência.


Plantemos hoje as sementes que queremos ver produzindo bons frutos para nós e para as futuras gerações. Sejamos a mudança que queremos ver no mundo a partir do nosso poder de trazer ao mundo os seres que herdarão a Terra.


Podemos nos preparar para deixar filhos melhores que se relacionarão com a vida e com as pessoas com mais amor e respeito porque herdaram desde seu nascimento e antes dele as sementes desse amor.


Vamos limpar os entraves, deixar que a vida flua através de nós com liberdade e paz. Depende da nossa decisão e sabedoria aqui e agora.



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