Olá, queridas leitoras,
Continuamos nossa maravilhosa viagem ao mágico mundo do artesanato e hoje o tema escolhido é criatividade. Preciso revelar algo: enquanto escrevo tenho no rosto um largo sorriso, porque, para mim, criatividade está conectada a nossa criança, à nossa habilidade de sorrir em tempos difíceis, de fazer muito com pouco! Fazendo milagres todos os dias com tudo o que o mundo nos oferta!
No dicionário, cri-a-ti-vi-da-de é a habilidade de criar, inventar e inovar. A criatividade torna o impossível possível!
A pessoa criativa consegue dar inúmeras utilidades para um único objeto e as crianças são incríveis neste quesito: meias viram bolas de futebol e cometas, pedaços de pau transformam-se em espadas e pontes, um pedaço de papel transforma-se no chapéu do soldado ou no barquinho do pirata, caixas de papelão são carros ou casas…! Um mundo onde as possibilidades realmente são infinitas, chegando a nos envolver com seu ar infantil!
E nós mulheres, mesmo na fase adulta, mantemos presente esta incrível habilidade. Provavelmente porque ela está conectada especialmente ao lado direito do nosso cérebro, conectado às nossas emoções, à nossa intuição e ao nosso coração.
Talvez você esteja se questionando neste momento:
- Mas por que eu não sou criativa?
Porém, peço que pense comigo: Sabe aquele potencial inexplicável de ver utilidade no que estava para ser jogado fora, ou de encontrar soluções para problemas pequenos e grandes?
O maridão estava ficando careca com uma questão, quando finalmente pede o seu conselho... e... eureka! Não posso crer que alguma mulher deixou de ir numa festa com um vestido por conta de uma alça que arrebentou no caminho! Ou que ela mudou o cardápio pela falta de algum ingrediente – que, cá pra nós, o mesmo maridão nem vai sentir falta… Conseguiu identificar em si mesma a presença da criatividade?
Lembro muito da minha mãe… Pedaços de tecido viravam lindas roupas, banquetes feitos com 3 ingredientes, panelas brilhantes, sem esponja de aço ou pasta alumínio. Reciclagem era um hábito pois as coisas tinham mil e uma utilidades. Então, acredite, este dom é presente e faz parte de nosso universo feminino.
Porém, também é verdade que, com o tempo, até nós mulheres sufocamos nossa criatividade, racionalizando mais e preocupando-se demasiadamente com a opinião do outro. Deixando meio que adormecido este milagroso dom. Mas podemos fazer o caminho de volta, nos reconectando a esta essência, a esta criança por meio da prática do artesanato.
O desenvolvimento desta habilidade é um maravilhoso caminho para nos tornarmos mulheres mais alegres, mais completas, mais capazes e libertas. Desenvolver nossa criatividade é o mesmo que desenvolver nossa magia, de ver o que ninguém mais consegue, de transformar, de dar vida, movimento e cor. Mas o que é preciso para sermos mais criativas?
Primeiro: nos desprendermos do julgamento alheio. A criatividade não se manifesta em meio à pressão ou a forte razão, ela é livre e nem sempre se explica!
Segundo: Desperte sua criança. Por que o aviador levou tanto tempo a desenhar o que desejava o Pequeno Príncipe? Porque a cria-nça cria-tiva dele estava dormindo! Estava adormecida, num sono quase forçado ao que hoje nossa sociedade vive… Então, levante-se, sorria, produza, inove… (re)viva as coisas boas da infância! Aquele abraço despretensioso, aquele banho de chuva gostoso, cante no chuveiro, conte uma história e seja o personagem principal, viva um dia de princesa, ou seja a bruxa das pegadinhas, concurso de bolhas de sabão, faça de conta que o mundo é seu e o seu mundo se tornará maravilhoso…!
Terceiro: Invista seu tempo no artesanato. Permita se expressar em qualquer tipo de arte, abuse desta criatividade em meio às fitas, tintas, tecidos, lápis, desenhos, etc... O artesanato é uma oportunidade de nos inovarmos todos os dias, um reflexo de nossa essência que de outra forma não poderia ser vista. É a concretização do invisível.
Lembre-se: Criatividade só é criatividade quando expressada, antes disso é a nossa imaginação, que também é uma magnifica habilidade, mas podemos falar dela um outro dia.
