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Desmame o fechamento de um ciclo


Amamentar é lindo! É nutrir em todos os sentidos aquele ser que nasceu de você.


Para o bebê humano, a mãe significa o sustento, a vida. É com ela que a criança aprende a linguagem do amor, do servir.


Mas nem tudo é flores nesse universo, existem as dificuldades para vencer. Tem alguns viés que é preciso olhar com carinho.


Primeira delas é acolhimento para as mães que não conseguiram amamentar seus filhos no peito. Isso não te faz menos mãe. Segundo Bert Hellinger a mulher se torna mãe desde a concepção, pois, sua missão é conceber uma vida, dar o fluxo a ela.


Se o fato de não ter estabelecido o processo de amamentação com seu filho te incomoda ou te deixa culpada é interessante olhar com mais profundidade para isso, pode ser que haja algo sistêmico por trás. Você é a mãe certa para ele ou ela.


Além da adaptação psicológica e emocional que a mãe experimenta nessa fase, existe a adaptação fisiológica da amamentação. O que mexe muito com os hormônios. Muitas mulheres ficam extremamente perdidas nessa fase pela intensidade de mudanças que ocorrem no seu corpo e na nova rotina com seu bebê.


Leva um tempo para que a mãe se adapte a essa nova realidade. Muitas conquistam a estabilidade emocional outras não. Se isso é algo que te incomoda ou te deixa culpada, é preciso buscar ajuda. Pode ser que existe algo a mais por trás dessa instabilidade emocional.


Para aquelas que conseguiram estabelecer a amamentação, chega um momento que é necessário fechar o ciclo dela. Mas qual momento certo? Como fazer?


O momento certo sempre será aquele que é bom para a mãe e para o filho. Jamais para terceiros que opinam a respeito do que observam. A mãe é adulta e responsável pelo filho. A mãe sente os sinais que já está chegando a hora e o filho demostra também.


Profissionais que estudam o desenvolvimento infantil apontam que um desmame gentil é a melhor forma para não interferir no processo de desenvolvimento da criança. Existem consultoras de amamentação que podem te orientar com a melhor forma de fazer.


Na visão sistêmica um desmame abrupto pode trazer um movimento interrompido em direção a mãe. Forma um trauma para a criança. Muitas entram na birra com a mãe, birra essa que se segue por uma vida inteira. Onde a mãe faz tudo pelo filho e ele não sente que o amor chegou. A algo que os separa. Se isso aconteceu com vocês, não precisa se sentir culpada, está tudo certo. Você ainda é a mãe certa para ele. Existem terapias como a Constelação Familiar que ajuda a colocar isso em ordem.


Através desse olhar sistêmico, observo também, que muitas vezes a mãe está mais apegada com o ato de amamentar que o próprio filho, sente culpada por ter que desmamar, sente-se emocionalmente abalada e perdida de como fazer. Se isso acontece com você é importante buscar auxílio para o equilíbrio emocional antes de realizar o desmame. Pode ser também que exista algo sistêmico por trás disso que é necessário olhar com carinho e dar um lugar para isso.


E quando a mãe já entende que chegou a hora, a criança já da sinais que está pronta para o

desmame, talvez o que falte é dar um limite de forma respeitosa e gentil. Cada criança é diferente e tem algumas que precisam entender o limite, eis algo que se começa desde cedo.


E como dar esse limite?


Faço isso me colocando no meu lugar de mãe, tomando esse lugar, já não sou mais apenas a filha, agora sou mãe. Nessa postura de mãe me despeço dessa fase da amamentação com tudo que me custou, pelo preço que me custou. Libero meu filho para que ele agora siga seu desenvolvimento de bebê para criança. E peço a ele que também me libere para que eu possa continuar no meu processo de mãe e de mulher juntos em uma nova fase.


E essa liberação é muito importante, pois, existem mães e filhos em uma simbiose profunda mesmo que esse criança já tenha mais de 30 anos, mas esse assunto fica para um próximo artigo.


Ânima mamãe! Você é a mãe certa!!!


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