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Hábitos Saudáveis 07 - Flexibilidade


Existem momentos em nossa Vida que as coisas nem sempre são como gostaríamos ou como idealizamos, acontecem situações que nos “deixam sem chão” ou que por um motivo ou outro nos tiram da nossa rotina e nos exigem um maior esforço e dedicação.

Como manter o equilíbrio diante de situações assim? Como encarar de uma forma mais leve os desígnios e responsabilidades que nos cabem sem surtar? Não sei vocês, mas eu passo por momentos assim, onde dá vontade de correr ou deitar no quarto e ficar quietinha sei lá por uns duzentos anos até tudo se acalmar hahaha.

Uma boa forma de mudar esse sentimento e aprendermos a ter flexibilidade e, sim, para mim um aprendizado recente… e as pessoas que me conhecem sabem que ainda estou fazendo um treinamento nessa prática. Entretanto, acredito que possa compartilhar com vocês um pouquinho da minha experiência nesse assunto.

Sempre fui uma pessoa muito rígida, desde a criação que recebi de meus pais. Era tão nítido isso que até as pessoas que viam a minha postura quando andava, notavam a minha tensão e austeridade. Era rígida com meus filhos (e ainda sou um pouquinho), era rígida com meus princípios, rígida com meus conceitos e ponto de vista, rígida com as falhas das pessoas e acima de tudo rígida comigo mesmo e com aqueles que amava. Resultado: relacionamentos desgastados, conflitos e uma dor na coluna que me faz lembrar sempre que tenho que flexibilizar, isso me levou a muito sofrimento. Sempre ouvia falar a respeito da flexibilidade em cursos, vídeos, conselhos, mas confesso que ainda não entendia como aplicar essa prática e o que ela poderia me trazer de benefícios.

Um dia despertei, em uma aula de pilates, com a professora Camila Schuck, (minha fisioterapeuta que tem uma coluna maraaaa no site ) que me atendeu quando tive crise na coluna e travei) o quanto o meu corpo precisava de mais flexibilidade para seguir sem problemas em desenvolver minhas atividades. E, ali enquanto ela me falava o que era flexibilidade e todos os benefícios que ela traria para meu corpo, comecei a examinar o quanto eu era intolerante e inflexível e minha Vida no geral. Me lembrei das aulas de balé que trabalha a flexibilidade com arte do equilíbrio para as piruetas e saltos.

E aquele pequeno “ isght”, me lançou em um caminho sem volta, comecei a me dedicar a estudar mais a respeito do assunto.

Parti do princípio, o que realmente era essa tal flexibilidade?

Encontrei no dicionário a seguinte definição: Aquilo que é flexível, maleável, propriedade do que é dócil ao manejo. E, a partir daí comecei a me perguntar se diante da situação adversa e inesperada que se apresentava, eu estava sendo maleável? Eu estava sendo dócil, amorosa com a situação e comigo mesmo diante da situação?

A Vida é constante movimento e para me adaptar era necessário flexibilizar.Então pude perceber o quanto eu podia agir diferente, passei a entender que há vários pontos de vista de um mesmo acontecimento, comecei a entender que a Vida não é mesmo como planejamos e que as ocorrências não planejadas eram desafios para eu me superar.

Observei que os melhores momentos da minha história eram surpresas que a vida me proporcionou: uma amizade que se tornou inesperadamente um amor, uma gestação que selou esse amor e me deu uma família, uma religação com Deus de uma forma singular, a aprovação de um concurso que nem considerava e uma profissão que nunca me imaginei exercer. E, eu falo isso, não para dizer que devemos deixar de sonhar ou ter planos, pelo contrário, ainda planejo muito coisa, mas hoje, com bem mais flexibilidade para receber aquilo que está me destinado, aquilo o que o universo tem para me oferecer.

Aprendi com o meu pai, no auge dos seus 70 anos, que devemos ser como a água que em sua flexibilidade se amolda a qualquer obstáculo que cruze seu caminho e por vezes o faz desaparecer com naturalidade e delicadeza.

Hoje trago a Flexibilidade como um hábito e busco desenvolvê-la tanto fisicamente, intelectualmente e emocionalmente.

Continuo com minhas aulas de pilates para trabalhar anos de rigidez e austeridade. Estudo o máximo que posso, alternado conteúdos e horários de aprendizado. Não me fecho mais a um único ponto de vista quando, procuro usar da flexibilidade para ampliar o máximo possível dos meus conceitos, ampliar o meu olhar para onde conseguir avistar e além. Sou mais flexível com minhas emoções, me permito sentir… sentir a dor, sentir a alegria, sentir empatia, sentir o amor e, isso me oferece o campo de possibilidades.

Possibilidade de aprender mais, possibilidade compreender o outro, possibilidade de ter mais amigos, possibilidade de ser mais feliz e mais leve.

Pela flexibilidade chegamos ao equilíbrio, como um equilibrista em uma corda bamba, que se consegue manter no alto do arame suspenso, amoldando-se ao vento e balanço, usando das suas capacidades e talentos, preservando sua existência e fazendo de sua Vida um espetáculo.

E aí, onde você pode ser mais flexível?



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