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Meu útero é um vaso sagrado


Amigas leitoras, cada uma de nós tem seu próprio tempo para trilhar sua jornada individual de aprendizados nesta terra de granito. A cada passo podemos sentir a vida mais pesada ou mais leve de acordo com os acontecimentos e a maneira que eles refletem ao nosso redor o mundo interno que vibra em nós.


Nesta caminhada eu mesma tive meus tropeços e me levantei. Olhando para trás fica mais fácil reconhecer o que cada escolha e decisão trouxeram de aprendizado e contribuíram para que pouco a pouco eu me tornasse quem sou.


Não sou e nem estou pronta e acabada, mas em processo de transformação constante. As vezes de forma lenta e aparentemente imperceptível, as vezes catalisada pelos desafios que a vida apresenta e que acredito tenham sido forjados pela minha própria vibração energética refletindo exatamente o meu interior ainda tão desconhecido para mim.


Venho me descobrindo ao longo desses 36 anos e alcançando conhecimentos que me desconstroem e me constroem a cerca da minha natureza. Por exemplo:


Quando os véus do sagrado feminino começaram a cair da minha visão, eu consegui enxergar pouco a pouco o quanto precisava estar mais conectada com a minha própria força interna, com a sabedoria ancestral contida em mim e com a ciência natural do meu corpo.


Eu me curei da cegueira que me impedia de viver plenamente no meu corpo de mulher. Assim os sintomas e as dores também se foram e as lágrimas transformadas em pérolas para me lembrar de fazer crescer em mim o amor próprio.


Eu pude sentir meu poder pessoal e de onde ele emana a energia criativa do meu ser. Meu útero então passou a ser reverenciado como um vaso sagrado do templo que é meu corpo.


A partir dessa percepção de mim mesma eu acessei melhor a consciência de quem sou e da dádiva que recebi ao nascer mulher. Eu não sei vocês, mas eu me sinto amadurecendo ao entrar em contato com conhecimentos tão belos. Eu sinto meu florescer nas pequenas coisas e nos ciclos de morte e vida que vivencio como uma fênix acordada e encantadora.


Busco o alinhamento entre mente, coração e útero equilibrando meus pensamentos, compreendendo meus sentimentos e fluindo através da vida que é criada ciclo a ciclo em meu útero. Por isso considero meu útero um vaso sagrado onde ficam gravadas as memórias ancestrais e atuais de tudo que se expressa internamente em meu ser. E vejo na experiência de ser mulher uma oportunidade linda de aprender a fluir com leveza na renovação lunar que meu corpo ensina.

Mesmo as mulheres que não tem um útero físico, ainda permanece o útero energético que continua cumprindo a função sagrada de registrar e de ser uma vertente de renovação sempre que a lua mostra suas transitórias fases. As que tem a benção de gerar um bebê podem sentir essa presença sublime da vida dando frutos. E todas temos a capacidade criativa transbordando de dentro de nós com mais facilidade nos dias de claridade interior ou de intuição aguçada.

Aprendendo com outras mulheres sábias que já ousaram pisar com os pés descalços o chão da floresta de seus corações e beber da água cristalina da fonte sagrada.

Como você, amiga leitora tem compreendido o sentido de ser mulher? Como pode melhorar?


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