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Setembro Amarelo


Olá minhas queridas, estamos de volta com mais um artigo. Nessa semana vamos abordar um tema sério que ganha destaque nesse mês de setembro, a depressão e o suicídio.


O Setembro Amarelo foi criado em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria com o objetivo de falar sobre a depressão e prevenir o suicídio. A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo no dia 10 de setembro, data de comemoração do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Alguns dias atrás estava ouvindo rádio e o comentarista falou que Cuiabá é a cidade brasileira com maior índice de suicídio. Fato que me deixou alarmada, esse é um assunto importante pois podemos agir para reduzir esse triste número.


Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Todos esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente a partir de políticas eficazes de prevenção do suicídio e tratamento dos transtornos mentais.


São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.


Outro dado estatístico é que a chance de meninos tentarem tirar a própria vida é três vezes maior do que meninas. As mulheres tentam o suicídio com o uso de substâncias químicas ou saltando de lugares altos, porém as tentativas masculinas são mais letais, com armas de fogo ou enforcamento. Esse fato está relacionado ao fato de que meninos tem menor habilidade para lidar com o sofrimento emocional causado pela depressão, apresentam mais agressividade e estão expostos ao uso de álcool e drogas.


Hoje em dia devemos ensinar aos jovens habilidades para lidar com as mais diversas situações no dia a dia. Além disso, devemos orientar os que estão ao nosso redor a respeito do zelo com as palavras e como isso pode atingir a outra pessoa. Afinal, ninguém sabe o que o outro está passando e se não sabemos como ajudar é melhor compreender o outro.


Devemos estar atentos aos sinais de depressão com as pessoas de nosso convívio, de modo a incentivá-la buscar por auxilio médico e psicológico. Alguns desses sinais são: apresentar comportamento retraído; ter dificuldades para se relacionar com família e amigos; apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia; odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo; apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança; escrever cartas de despedida; falar repentinamente sobre morte ou suicídio; apresentar um convívio social conturbado; ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes.


Vale lembrar que as pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de alguma situação da vida que lhes pareçam insuportável, eles buscam por alívio, sentem medo, vergonha, culpa, se sentem rejeitados e se acham incapazes de mudar qualquer que seja a situação.


Para ajudar uma pessoa com depressão ou com pensamento suicida algumas ações são fundamentais, como: ouvir sem julgamentos, demonstrar empatia, permanecer calmo, demonstrar carinho, dar o apoio necessário, encarar a situação com seriedade, explorar outras alternativas para resolução do problema, envolver a família no tratamento, demonstrar preocupação e cuidado, e orientar buscar por tratamento correto.


Se você, minha cara amiga, está deprimida, desanimada ou angustiada, saiba que você não está sozinha, e existem vários profissionais, amigos e familiares para lhe auxiliar.


A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.


A informação é a melhor ferramenta para ajudar as pessoas em risco. Além disso, a conversa pode aliviar a angústia e a tensão geradas por esses pensamentos. A palavra chave aqui é atenção. Se cuidem, e até a próxima!



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