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Um olhar de amor para o Pós Parto


Olá minhas queridas amigas!


Hoje escolhi um tema importante do pós parto: Depressão Pós Parto. A depressão pós parto é um tema pouco falado, porém de suma importância.


Principalmente nesse período pelo qual estamos passando, cheio de incertezas, podendo ser mais um gatilho para depressão pós parto.


A depressão pós-parto afeta de 10% a 15% das mulheres, geralmente se inicia entre a quarta e oitava semana após o parto, podendo acontecer em qualquer período do primeiro ano pós parto. Os sintomas não diferem da depressão comum, se manifestando por um conjunto de sintomas como irritabilidade, choro frequente, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de energia e motivação, desinteresse sexual, transtornos alimentares e do sono, ansiedade e principalmente sentimentos de incapacidade de lidar com novas solicitações e experiências interferindo nas atividades diárias.


Alguns autores dividem os fatores de risco para a depressão materna em três categorias: a primeira refere-se à qualidade dos relacionamentos interpessoais da mãe, particularmente com seu parceiro; a segunda relaciona-se à gravidez e ao parto e à ocorrência de eventos de vida estressantes; e a terceira refere-se a adversidades socioeconômicas.


A fisiopatologia ainda não é muito bem esclarecida, porém sabe-se que é de origem multifatorial. Sensibilidade a flutuações nos níveis de estrógeno e progesterona, níveis de esteroides no período pós-parto, alterações no eixo hipotálamo-hipófise-ovários, ácidos graxos, ocitocina, arginina e serotonina têm sido citados na gênese da depressão pós-parto


As relações maternas quanto ao recém-nascido são altamente variáveis, podem incluir desinteresse, medo de ficar a sós com o bebê ou um excesso de intrusão que inibe o descanso adequado da criança, tornando-se um fator que dificulta o estabelecimento de vínculo afetivo favorável entre mãe e filho, podendo interferir na qualidade dos laços emocionais futuros.


Durante o pré natal, podemos fazer ações preventivas, é importante a investigação a respeito das vivências da mulher antes e durante a gravidez. A consulta pós parto também é importantíssima, e vejo muitas mulheres que faltam essa consulta. Nela investigamos como a mãe está se sentindo no pós-parto, bem como se ela conta com uma rede de apoio social que dê sustentação às mudanças psíquicas vividas com o nascimento de um bebê. É nesse momento que podemos realizar o diagnóstico.


O tratamento da depressão pós-parto é feito individualmente, conforme cada caso, com medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia. O aconselhamento e apoio da família, parceiro e amigos é fundamental, pois ajuda a tratar e a prevenir depressão, depressão pós-parto e depressão durante a gravidez.


Para o tratamento ser eficaz, é recomendado que ambos os pais participem de todo o processo. Alguns casos considerados mais graves, que precisem de um cuidado intensivo, devem ser encaminhados aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou outros serviços de referência em saúde mental. Os casos que apresentem riscos, como de suicídio ou de infanticídio, devem ser encaminhados para a internação.


A melhor forma de prevenir a depressão pós-parto é cuidado de si mesma e da saúde mental, realizando um pré natal adequado e planejando esse momento da gestação.


Algumas ações podem ser feitas para essa prevenção, como por exemplo: sempre que necessitar peça ajuda a outras pessoas para que você consiga dormir bem, manter uma alimentação saudável, realizar atividades físicas, tenha sempre um tempinho para cuidar de si mesma, cultive pensamentos positivos, evite se manter isolada das pessoa que ama, evite álcool e drogas. E nesse momento que estamos passando não se deixe levar pela ansiedade e o medo do futuro, cultive o amor, fortaleça seus laços familiares.


Espero que tenham gostado e que tenham aprendido também. Que essa força do amor esteja presente com cada uma de vocês todos os dias e até breve.



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